quarta-feira, janeiro 18, 2006

Sonhos

A noite é escura, o tempo frio
A solidão inunda a minha alma sem piedade
Ouço ruídos estranhos num eco vazio
Mistura de silêncio com ansiedade
Preso num portal de dor e sofrimento
Procurando ocultar cada canto obscuro do meu ser
Perdido numa dimensão de espaço sem tempo
Inundado do arrependimento de me arrepender…
Palavras que ferem como facas
Forjadas no calor de uma revolta sem sentido
Ardem em esperanças vãs, como beatas
Desaparece no ar o motivo…
E aí surges tu anjo negro
Sem dor, sem tristeza, sem medo
E eu fico apenas contemplando o teu olhar
Sem palavras, sem gestos, sem avançar
Sem querer mais do que me queres dar
Sem vontade de voltar a acordar…

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