segunda-feira, maio 23, 2011

Platónico

Talvez eu me encontre enquanto vagueio perdido por aí... talvez eu me perca nesta imensidão de desejos, e ânsia de infinito.
A minha alma é leve como os sonhos que preenchem a minha existência mortal, e flutuo pela desígnios da vida, como um balão de ar quente. 
Queiras tu ser a minha âncora, e prender-me em terra firme... dar o repouso e o conforto necessário, a quem há muito viaja sem destino aparente, lutando contra o cansaço do tempo, e procurando uma realidade que teima em não chegar.
Porque é que vejo em ti tudo o que quero ver, e mesmo sem te ver, sei que o continuarei a ver?! 
Procuro explicações na lógica matemática de Einstein, e nos poemas dramáticos de Shakespeare, mas não encontro... Isto nasce no fundo da minha alma, como a água nasce no cimo da Serra,  e brilha no meu interior, da mesma forma que o sol reflectido na mais perfeita lagoa.
Vislumbro a fonte da vida no teu sorriso sereno... sem te tocar sinto a suavidade da tua alma, e o calor do teu coração. Sem te ouvir, escuto os acordes das tuas palavra, e a melodia dos teus ideias...
Perco o norte... mas pouco me importa, se não tenha rota definida...